Quem poderia imaginar que uma das maiores rivalidades do futebol mundial teria esse desfecho. Acredite se quiser: o Boca Juniors contou com ajuda do River Plate neste domingo e sagrou-se campeão argentino pela 35ª vez na história. Jogando na Bombonera, os donos da casa dependiam apenas da própria força contra o Independiente, mas empataram por 2 a 2 – gols de Guillermo Fernández e Villa para um lado, e de Leandro Fernández e Vallejo para o outro.
Simultaneamente, o Racing, que abriu a rodada com um ponto a menos na vice-liderança, desperdiçou ótima chance diante dos maiores rivais do Boca. Quando o jogo estava empatado, perto do fim, Galvan viu Armani defender cobrança de pênalti. O River Plate, que havia saído atrás no placar com gol de Rojas, ainda alcançou vitória por 2 a 1, com dois de Miguel Borja. Foi a despedida do técnico Marcelo Gallardo.
O pênalti defendido por Armani e o segundo gol de Borja fez a alegria da torcida Xeneize, uma cena que jamais poderíamos imaginar e que marcou o fim de semana do futebol.
Com os resultados, o Boca fechou a competição com 52 pontos, contra 50 do Racing, após 27 rodadas. Numa temporada de altos e baixos, o time venceu a Copa da Liga Profissional em março, sobre o Tigre, mas trocou de técnico em julho, após eliminação para o Corinthians nas oitavas da Libertadores – saiu Sebastián Battaglia, entrou Hugo Ibarra.
Sob comando de Ibarra, o time conseguiu boa arrancada no Campeonato Argentino e chegou a ter uma sequência de 15 jogos sem perder. Pela frente, ainda tem a semifinal da Copa da Argentina para disputar – enfrenta o Patronato, e Banfield x Talleres é o duelo do outro lado da chave.
O River Plate terminou na terceira posição, seguido pelo Huracán. Retegui, do Tigre, foi o grande artilheiro, com 19 gols marcados.