Uma máquina. Novak Djokovic é incansável. Já são 15 anos desde que o sérvio conquistou o primeiro título de Grand Slam. Neste domingo, ele levantou pela 24ª vez o troféu de um dos quatro principais torneios do mundo no tênis. A mais recente conquista foi no US Open. Tetracampeonato em Nova York que faz Djokovic igualar a australiana Margaret Court, maior vencedora da história, com 24 Grand Slams.
Para atingir esse mais novo feito na carreira, aos 36 anos, o sérvio precisou correr muito para vencer o russo Daniil Medvedev, de 27 anos, por 3 sets a 0, parciais de 6/3, 7/6(5) e 6/3.
Djokovic conseguiu uma quebra de serviço logo na primeira oportunidade e abriu 2/0. Na sequência confirmou o saque para fazer 3/0 e manteve a vantagem até o fim. Os dois tenistas abusaram da ‘trocação’ de golpes, com algumas jogadas geniais dos dois lados.
No segundo set, o equilíbrio foi ainda maior. Os dois tenistas tiveram de se esforçar muito para manter o saque. Um bom exemplo desta dificuldade foi o oitavo game, quando Medvedev precisou de 13 minutos para evitar a quebra de Djokovic. No décimo game, o sérvio chegou a discutir com seus técnicos, posicionados próximos da quadra.
Mas a pressão não é algo que atrapalhe o desempenho de tenistas de nível tão alto. No 11º game, Djokovic ganhou um rali e festejou bastante. Na sequência, Medvedev obteve um ace e fechou em 6/5. Antes de confirmar o serviço e levar o segundo set para o tie-break, Djokovic precisou superar um set point de Medvedev. Em alguns momentos, os dois tenistas demonstraram fadiga, mas não se entregaram.
O tie-break foi repleto de trocas de bolas sensacionais, que levantaram o público presente na quadra principal de Nova York. Djokovic venceu por 7/5 e abriu 2 sets a 0. O terceiro set começou mais lento nos três primeiros games, depois os tenistas retomaram o ritmo alucinante. Djokovic quebrou dois saques e teve um quebrado para vencer por 6/3 e fechar a partida.
Justamente no torneio que celebra os 50 anos da igualdade de pagamentos na premiação entre homens e mulheres no Aberto dos Estados Unidos, Djokovic iguala Court, que dominou o tênis feminino entre os anos 1960 e 1970. Após a conquista, Djokovic comemorou o título com uma camisa com um 24, com foto e referência a Kobe Bryant, em razão do número de títulos de Grand Slams.