A volta do árbitro Ramon Abatti Abel em competições organizadas pela CBF após um mês foi com polêmica, também foi conturbada. Afastado desde São Paulo x Palmeiras, jogo pela 27ª rodada do Brasileirão que gerou reclamações de ambos os times, sobretudo do Tricolor, ele foi escalado para apitar Athletic 2 x 1 Ferroviária na noite de sexta-feira, em confronto direto contra o rebaixamento pela 36ª rodada da Série B.
Depois do gancho por conta de São Paulo x Palmeiras, o árbitro chegou a atuar na arbitragem de vídeo de Mirassol x Botafogo, na Série A, e foi o juiz principal de Figueirense x Marcílio Dias, pela Copa Santa Catarina.
No jogo de sexta-feira, Ramon Abatti Abel distribuiu 11 cartões, sendo nove amarelos – sete para o Athletic, que causou revolta dos jogadores – e dois vermelhos para a Ferroviária. Ele ainda anulou um gol da Ferroviária no segundo tempo, que deixaria a partida em 2 a 1 para a equipe paulista, após ser chamado pelo VAR, e expulsou o atacante Vitor Barreto, do time visitante, em uma falta que originou o gol da vitória do Athletic, aos 50 minutos do segundo tempo. Por conta da reclamação desse lance, o técnico da Ferroviária, Claudinei Oliveira, também foi expulso.
Ramon Abatti Abel, árbitro de Athletic x Ferroviária na Série B — Foto: Luis Miguel Ferreira/Ferroviária SAF
Ao término da partida, Ramon foi cercado por jogadores da Ferroviária e precisou de escolta da Polícia Militar para deixar o gramado rumo aos vestiários. Os atletas reclamavam que, no lance do gol anulado por mão na bola na origem da jogada, na verdade, a bola teria pego no corpo do jogador da Ferroviária antes de tocar a mão, aberta na hora do salto.
Na súmula, ao justificar a expulsão do técnico Claudinei Oliveira, o árbitro disse que ele xingou a equipe de arbitragem e disse que todos “eram ladrões”.
A Ferroviária ainda reclamou de um pênalti não dado no atacante Fau, no segundo tempo, quando o jogo ainda estava em 1 a 1. Ramon foi chamado ao VAR e manteve a decisão de campo.
