Já classificado para Copa do Mundo 2026, o Brasil só entrou em campo contra a Bolívia para cumprir tabela. Na altitude de El Alto, a 4100, os donos da casa levaram e venceram a seleção brasileira por 1 a 0, em jogo válido pela 18ª rodada das Eliminatórias da América do Sul para a Copa do Mundo de 2026.
Com o resultado, a Seleção Brasileira terminou na quinta colocação geral, a pior posição na história da competição. Ao todo, a equipe finalizou com 28 pontos, em uma campanha de oito vitórias, quatro empates e seis derrotas.
Nas edições passadas da Copa do Mundo, quando a competição tinha 32 seleções, as Eliminatórias da América do Sul classificava quatro equipes diretamente ao evento. O quinto colocado, por sua vez, garantia vaga na fase de repescagem intercontinental, onde precisaria enfrentar times de outros continentes por um lugar no Mundial.
Frutranção para o Brasil e alegria para os bolivianos. A vitória fez com que a Bolívia chegasse aos 20 pontos nas Eliminatórias e garantisse a sétima colocação, desbancando a Venezuela, que também nesta noite foi derrotada pela Colômbia, por 6 a 3. Com isso, os bolivianos estão classificados para a repescagem da Copa do Mundo de 2026 e mantêm vivo o sonho de voltar a disputar a principal competição do futebol mundial, o que não acontece desde a Copa de 1994. Ao fim da partida, os jogadores do time da casa foram às lágrimas, se abraçaram e festejaram muito o resultado com o público presente.
A Bolívia tomou conta do jogo na etapa inicial do confronto. Motivados pela torcida e pelos 4.100 metros de altitude de El Alto, o time da casa se lançou para o ataque desde o início da partida e abusou dos chutes de fora da área. Ao todo, os bolivianos finalizaram 13 vezes, a maioria deles com o garoto Miguelito, revelado na base do Santos e atualmente no América-MG.

Miguelito converteu o pênalti polêmico da vitória da Bolívia por 1 x 0 contra o Brasil: suficiente para garantir a vaga dos donos da casa na repescagem mundial para a Copa de 2026 – (crédito: AIZAR RALDES / AFP)
Depois de tanto tentar, a Bolívia chegou ao gol aos 45 minutos, quando o árbitro – orientado pelo VAR – viu pênalti de Bruno Guimarães em cima do lateral Roberto. Miguelito, o destaque do confronto até aqui, chamou a responsabilidade, bateu com força e abriu o placar. A Seleção teve apenas três finalizações, porém apenas uma delas com perigo real ao time da casa. Visivelmente atingido pelos efeitos da altitude, o time dirigido por Carlo Ancelotti teve muitas dificuldades em manter a posse de bola e levar perigo ao gol adversário.
Os dois times voltaram sem mudanças do intervalo e, na prática, o panorama seguiu o mesmo. O Brasil teve muita dificuldade de reter a posse da bola e, consequentemente, atacar o adversário. Em contrapartida, a Bolívia adotou uma postura um pouco mais conservadora e apostou nos contra-ataques. O cenário mudou aos 15′ do 1° tempo, quando Ancelotti fez quatro mudanças e mandou a campo João Pedro, Estêvão, Raphinha e Marquinhos. Daí em diante, a Seleção passou a ocupar mais o campo de ataque, mas sem necessariamente levar perigo ao gol boliviano.
No fim, o time da casa ainda teve duas boas chances, uma com Miguelito e outra com Algarañaz, porém não mexeu no placar. Quando soou o apito final, os jogadores bolivianos foram ao chão de tamanha emoção ao festejarem a vaga na repescagem.
A seleção brasileira volta a campo no mês de outubro, quando viaja para o continente asiático para jogar contra Coreia do Sul, no dia 10, e depois contra o Japão, no dia 14. Os amistosos fazem parte do cronograma de preparação para a disputa da Copa do Mundo do ano que vem.