Rebeca Andrade não para de ganhar medalhas. A brasileira se apresentou na trave, nesta quarta-feira e faturou o ouro nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, no Chile, ao anotar 14.166. Ela fez uma dobradinha com a amiga e companheira de treinos, Flavinha Saraiva (14.033), dona da prata. O bronze ficou com Ava Stewart, do Canadá.
Com o feito em Santiago, Rebeca conquistou a quarta medalha de ouro do Brasil na história da ginástica artística feminina nos Jogos Pan-Americanos.
O salto executado nos Jogos Pan-Americanos foram os mesmos dois saltos da final do Mundial, quando bateu Simone Biles — em ambas as disputas levou o ouro. E a quase perfeição na execução chamou a atenção dos juízes e até das adversárias.
O primeiro foi um Cheng, que é o salto que ela faz em todas as competições, nas provas por equipes e individual geral. Este salto tem nota de partida (de dificuldade) 5,6. E Rebeca tirou 9,733 de execução. Como comparação, no Mundial ela havia recebido 9,4. Nas eliminatórias do Pan, 9,5. Então, este foi o melhor da carreira da ginasta brasileira.
Já o segundo salto é mais simples, um Yurchenko, conhecido pela sigla DTY. Ele vale 5,0 de nota de partida. E, hoje, Rebeca teve 9,633 de execução.
As notas são as duas de execução mais altas deste ciclo olímpico. A cada quatro anos o código de pontuação muda, os critérios também, então as notas não podem ser comparadas com anteriores.