De virada e com emoção, o Brasil venceu a Ucrânia por 3 sets a 2, pela quarta rodada do Pré-Olímpico de vôlei masculino, no ginásio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro. As parciais foram de 36/38, 25/20, 21/25, 25/18 e 15/11.
O Brasil tem sete pontos, dois a menos que Cuba e Itália, que ocupam 2º e 3º lugar do grupo, respectivamente. Mais cedo, a Alemanha venceu a Itália e disparou na liderança, somando 12 pontos. Com o resultado, a seleção brasileira depende apenas de si no Grupo A do torneio para se classificar aos Jogos Olímpicos de 2024, em Paris.
Apenas as duas melhores equipes de cada grupo avançam direto. A seleção brasileira ainda tem três jogos pela frente e pode chegar a 16 pontos. Para não depender dos critérios de desempate, é importante para o Brasil vencer Cuba, Irã e Itália por 3 sets a 0 ou 3 sets a 1, conquistando os três pontos em cada uma das partida.
A equipe brasileira começou muito bem, chegou a abrir quatro pontos de diferença e perdeu gás no final. Os times disputavam ponto a ponto, culminando no set mais longo do torneio até aqui. Destaques para os bloqueios e atuações de Lucão e Alan, mas Kovalov, da Ucrânia, foi mais decisivo nos ataques. Mas o set se estendeu, e o time da casa levou a pior: 38/37, e a frustração da torcida.
O jogo coletivo ucraniano deu liga, enquanto o Brasil começou mal, errando muitos saques. No entanto, na metade do set, o time de Dal Zotto melhorou muito e virou o jogo depois de ficar três pontos atrás. Darlan entrou bem e Lucarelli demonstrou bastante regularidade durante o confronto. No erro de saque de Synytsia, o empate: 25/20.
Os europeus conseguiram emplacar uma vantagem inicial, mas nada muito considerável. O Brasil retomou a confiança aos poucos e chegou a ficar na frente. Na reta final, os ucranianos acertaram mais e fecharam em 21/25. O set ainda teve rally de quase 30 segundos. Quando o placar marcou 23/19, o técnico mandou Cachopa à quadra. Um ace de Darlan até encheu o Maracanãzinho de esperanças, mas foi em vão. Também em um saque, a Ucrânia fechou: 25/21.
Sob pressão da torcida e clima quente, as duas equipes tiveram muitos erros. Quando a parcial era de 14 a 12, Tupchi levou cartão vermelho por provocação e a seleção brasileira ganhou um ponto, e assim foi tomando conta do set até garantir o triunfo. No fim, no bloqueio de Flávio, garantiu a sobrevida: 25/18.
Flávio, com uma pancada, abriu a conta do set final. Era preciso vencer a qualquer custo. As dificuldades ainda estavam ali, mas a seleção conseguiu descolar no placar no início: 6/3 no ataque de Darlan. Quando a Ucrânia voltou a se aproximar, depois de um bloqueio sobre o mesmo Darlan, Renan pediu tempo. Não foi fácil, mas a vitória veio. No fim, 15/11 e sobrevida rumo a Paris.